quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aula 7 - Melodia


Fraseologia é o estudo da construção do discurso musical, suas articulações e ligações - enfim, o modo como se relacionam os diversos elementos de uma obra. A fraseologia estuda especialmente a construção melódica.
  1. Elementos Fraseológicos:
    1. Inciso: A menor unidade reconhecível de uma determinada obra musical. O inciso é incompleto em si mesmo, sendo utilizado como ponto de partida para construção de unidades mais extensas. O inciso também é chamado de célula ou motivo. Ex.:
    2. Semi-frase: (ou membro de frase): A concatenação de diferentes incisos. Ex.:
    3. Frase: A unidade básica da sintaxe musical - uma idéia musical completa que finaliza com uma cadência. A frase resulta da conexão de duas ou mais semi-frases. A frase pode ser:
      • Conclusiva - quando termina com uma cadência conclusiva.
      • Suspensiva - quando termina com uma cadência suspensiva.
      As cadências conclusivas são aquelas que terminam no acorde de tônica; as cadências suspensivas terminam em outros acordes. Para fazer com que os motivos se desdobrem formando frases, utilizam-se as Técnicas de variação, como: transposição, inversão, expansão, etc.
    4. Período: A combinação de duas ou mais frases complementares. A segunda frase é ouvida como resposta à primeira.
      • Frase antecedente - A primeira frase de um período.
      • Frase conseqüente- A frase que serve de resposta.
  2. Reconhecimento dos Elementos Fraseológicos:
    Para que se tenha uma compreensão mais presisa da fraseologia, é necessário que consigamos perceber claramente as articulações entre os diversos elementos fraseológicos: saber separar os incisos, as semi-frases, as frases, os períodos: Estas subdivisões na melodia podem ser realizadas mediante:
    1. Uso de pausa
    2. Nota longa
    3. Uso de fermata
    4. Mudança de direção do movimento melódico
    5. Salto melódico (geralmente na direção oposta a que a música vinha se movimentando)
    6. Repetição de nota
    7. Repetição de padrão melódico ou rítmico
    8. Mudança de padrão melódico ou rítmico
    9. Divisão pelo peso do compasso
    10. Excessão - Quando a nota que cai no tempo forte é estranha ao acorde (suspensão, apojatura, etc) e por isso deve resolver em uma nota do acorde:
Notas ornamentais são notas estranhas ao acorde que podem possuir tanto uma função melódica, como simplesmente ornamental.
  1. Nota de Passagem (np):
    np
  2. Bordadura (b):
    b
  3. Suspensão (retardo) (s):
    s
  4. Apojatura (ap):
    ap
  5. Antecipação (an):
    an
  6. Escapata (e):Não resolve por grau conjunto. (Salta).
  7. e

Aula 6 - Variação


- Motivo original:
  1. Transposição:
  2. Seqüência:
  3. Inversão:
  4. Retrógrado:
  5. Retrógrado Invertido:
  6. Mudança de Ordem das Notas:
  7. Omissão de Nota:
  8. Acréscimo de Nota:
  9. Expansão Intervalar:
  10. Contração Intervalar:
  11. Interpolação:
- Motivo original:
  1. Aumento dos Valores Rítmicos:
  2. Diminuição dos Valores Rítmicos:
  3. Retrógrado Rítmico:
  4. Desdobramento:
  5. Adição ou supressão de Anacrusa:
  6. Mudança de Terminação (desinência):
  7. Mudança de Metro:
  8. Deslocamento:

Aula 5 - Harmonia



Cantus Firmus (CF): É uma linha melódica composta de antemão, geralmente escrita com uma única figura rítmica, com uma extensão de oito a doze notas, que serve de base para o contraponto. O contraponto, que é a técnica de condução isolada de várias linhas melódicas soando ao mesmo tempo, pode assumir 5 formas distintas, divididas em cinco espécies diferentes.
  1. Contraponto de 1a. espécie: (nota contra nota) - Para cada nota do CF compõe-se uma nota em contraponto. Não podem haver dissonâncias. Ex:
    cp
  2. Contraponto de 2a. espécie: (2 notas contra 1) - Podem haver dissonâncias somente como notas de passagem. Ex:
    cp
  3. Contraponto de 3a. espécie: (4 notas contra 1) - Podem haver dissonâncias apenas como notas de passagem e bordaduras. Ex:
    cp
  4. Contraponto de 4a. espécie: (Contraponto sincopado) - Este contraponto é escrito sempre em contratempo com relação ao cantus firmus (CF). A duração das notas de ambas as melodias é sempre a mesma, porém sempre em defasagem. A técnica mais importante que se estuda no contraponto de 4a. espécie é o efeito de suspensão, onde a dissonância deve obedecer à um tratamento em 3 fases:
    cp
    1. Preparação: A dissonância é preparada como consonância no tempo anterior.
    2. Apresentação: A dissonância é apresentada.
    3. Resolução: A dissonância é resolvida com grau conjunto descendente em uma consonância imperfeita. (3a. ou 6a.). O modelo mais típico de resolução é a seguinte:
    É comum uma "cadeia de suspensões", onde um dos três modelos acima é realizado em seqüência.
    cp
  5. Contraponto de 5a. espécie: (Contraponto Florido) - Nesta espécie misturam-se os procedimentos típicos de cada uma das espécies anteriores. Devem-se respeitar as diretrizes de cada espécie que está sendo utilizada. Ex.:
cp

Aula 4 - Harmonia



Neste tópico iremos estudar alguns tipos de preparação usuais para os acordes de uma determinada escala. A preparação amplia as possibilidades harmônicas e propicia o uso de uma harmonização interessante para as notas de passagem cromáticas, tanto no baixo quanto na melodia principal. (ver Notas Ornamentais).
  1. Preparação V7 - I (Cadência Perfeita):
  2. b) Preparação SubV7 - I (Substituto da Sétima da Dominante):
    O SubV7 (substituto da sétima da dominante) é um acorde encontrado sobre o segundo grau abaixado um tom acima do acorde que irá resolver.
  3. c) Preparação VII - I
  1. Dominante secundário:
    Os dominantes secundários são os dominantes dos demais graus diatônicos.
  2. Dominante auxiliar:
  3. SubV7 secundário:
    É o substituto do quinto grau dos graus diatônicos. Resolve por movimento de meio tom para baixo.
  4. Resolução Deceptiva:
  5. É quando os acordes preparatórios (V7 e SubV7) não resolvem no acorde esperado, causando um efeito de surpresa. No exemplo seguinte a resolução esperada de B7 seria Em; C no caso é surpresa.

    Harmonia Funcional - II

    E-mail
    Resoluções. Na harmonia funcional, um dos movimentos mais importantes de acordes é a resolução, em qualquer tensão gerada pelos acordes Dominantes é definida na função tônica (ou, em alguns casos, em Subdominantes). Esse fenômeno acontece em decorrência do trítono – intervalo de quinta diminuta entre a terça e a sétima – nas tétrades do grau V. Os Dominantes são resolvidos em acordes maiores e menores, dependendo do centro tonal da músicaou do trecho analisado. Dominante Primário: Nesse tipo, movimento é de quarta justa ascendente ou quinta justa descendente, com resolução na tônica. Normalmente, ocorre em finalizações de trechos ou músicas. Em alguns casos, pode funcionar como preparação para mudanças de tonalidade, ou seja, modulações.
    Dominante Secundário: São os acordes Dominantes dos demais graus diatônicos da tonalidade em questão. Também são caracterizados por movimentos de quarta justa ascendente ou quinta justa descendente. Ocorre em passagens de trechos de músicas, mas não em finalizações.
    Dominante auxiliar: Em movimentos para baixo da quarta justa ascendente ou quinta justa diminuta descendente, esse tipo de resolução, acontece em acordes de empréstimo modal e passagens de trechos musicais.
    Sub V: Conhecido como substituto do quinto grau, é uma opção de resolução para a tônica, mas com o movimento de segunda menos descendente. É originada da substituição do acorde Dominante alterado (sétimo grau do campo menos melódico) por sua quinta diminuta (quarto grau). É importante conhecer bem os principais campos harmônicos para entender com clareza o Sub V.
    Subdominante Menor:Os Subdominantes são encontrados no quarto grau do campo harmônico maior e, na cadência Plagal, agem como acordes de resolução para a tônica. O Subdominante Menor, por sua vez, pode substituir o maior em alguns casos. Nessas circunstâncias, é analisado e interpretado como Subdominante de empréstimo modal, ou seja, do tom relativo homônimo. (exemplo: C e Cm)
     
    Resolução Deceptiva: É caracterizada quando os Dominantes não fazem a resolução. No acorde esperado, provocando um efeito de surpresa na progressão.
     

Aula 3 - Harmonia


Acordes de empréstimo modal (AEM) são acordes do modo (tonalidade) menor usados no modo maior paralelo e vice-versa. Tonalidade homônima ou parelela é quando temos tonalidades diferentes para a mesma tônica. Por exemplo, a tonalidade paralela de Dó maior é Dó menor. A tabela abaixo representa os tipos de acordes que podem ser utilizados nos graus indicados em substituição ao modo homônimo ou paralelo.
  1. Apresentação do tom inicial (com cadência forte)
  2. Criação de uma região pivot (comum a ambos os tons)
  3. Apresentação de um acorde diferencial, fixando o novo tom.
  4. Cadência no tom de chegada.
  1. Conclusiva:
    Perfeita - V-I
    Plagal - IV-I
  2. Suspensiva:
    Meia-cadência (à dominante) - II-V; I-V; IV-V
    Cad. Imperfeita - V-I3; V7-I3
    Cad. de Engano (interrompida) - V-VI
  1. Resolução das notas atrativas.
  2. A nota de resolução da sensível pode ser a 5a., a 7a., a 9a., etc. do acorde de resolução.
Obs.: Cada acorde de resolução pode possuir uma ou mais alterações. Isto implicará necessariamente numa harmonia cromática.
Obs.: Todos estes procedimentos podem ser aplicados também à resolução da 7a. da dominante na 3a. do acorde de tônica.
Obs.: Ao aplicarmos estes procedimentos em trechos intermediários de frases , e não somente em cadências, será construída uma estrutura constantemente cambiante, em plena mutação de acordes que se movimentarão livremente para diversos pontos.